"A questão que divide os homens dos nossos dias não é uma questão de formas políticas, é uma questão social, é saber quem será mais forte, se o Espírito de Egoísmo ou o Espírito de Sacrifício; se a sociedade não será senão uma grande exploração em benefício dos mais fortes ou uma consagração de cada um para o bem de todos e sobretudo para a proteção dos fracos. Há muitos homens que têm demasiado e que ainda querem ter mais; há ainda homens mais que não têm o suficiente, que não têm nada e que querem tomar se não lhes derem. Entre estas duas classes de homens prepara-se uma luta; e esta luta ameaça ser terrível: dum lado o poder do oiro, do outro o poder do desespero. É preciso metermo-nos entre estes exércitos inimigos senão para impedir, ao menos para amortecer o choque. E a nossa idade de jovens, a nossa condição de menos importantes torna-nos mais fácil o papel de mediadores a que o nosso título de cristãos nos obriga."
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